Just questions of life
Sometimes you need to go the bottom to achieve your goals
Por vezes questiono-me até que ponto a cobardia não "arranha" ou melhor, não pode ser mal interpretada por andar par e passo com a persistência?
Lutar por aquilo que queremos é um dever, se não fizermos, ninguém o fará por nós e ninguém sabe realmente aquilo que verdadeiramente queremos ou sentimos, acho mesmo que na maioria das vezes, até nós, temos algum receio em aprofundar esses sentimentos e confrontarmo-nos com uma realidade para a qual não estamos preparados.
Passar uma vida a fingir que não vemos, simplesmente acho difícil, podemos desperdiçar alguns meses anos até nesse papel, porque um sentimento superior, o amor, paixão cega-nos para outros campos mas, até ao ponto de não ver porque optou por esse caminho, isso eram comportamentos tomados e quase que, obrigatórios em gerações actualmente extintas, ou não?...
Acredito plenamente que cada ser humano tem a sua forma de ver o mundo, os seus objectivos e aquilo que o faz feliz difere de um para o outro, bem como as nossas taras e manias e utópico é aquele que acredita que algum dia irá mudar "X" ou "Y" porque o seu amor é ilimitado e tem um força sobre humana que ultrapassa tudo e todos! Nem na ficção passam textos como estes, no entanto, não deixa de existir na realidade...
Esta pode ser deturpada sob diversas formas, consoante a perspectiva de cada um e o seu nível de cobardia ou frontalidade a que está agregado.
É fácil dizer da boca para fora que a "vida é curta", "só se vive uma vez" mas e então, embora viver tudo num só dia e deitar fora tudo o que construímos para trás, alegando as consequências, ao fruto da velocidade que a vida corre?!
Mais uma vez, perspectiva: cobardia ou persistência. Esconder atrás do pano e seguir porque também não vale a pena desperdiçar, ou porque vale realmente a pena ir até ao fundo, "rapar o tacho" até ao limite dos limites. E estes, quando serão impostos, qual a tabela dos limites para que possamos ter coordenadas onde nos basear? E se essas coordenadas divergirem de pessoa para pessoa, o que é o mais provável e os limites de um terminam quando para o outro isso é apenas uma fuga? Traduzindo, cobardia?...
Nós só usamos 10% das nossas capacidades cerebrais, com isso acrescido à parte emocional e já assim, somos capazes de criar um campo de batalha!
Sou a primeira a defender que não devemos complicar a vida e sim vivê-la, tirar o máximo proveito, no entanto, é inevitável que pelo meio surjam obstáculos, alguns maiores que outros, uns possíveis de ultrapassar outros não e é aí, que cabe a cada um tomar uma decisão mas não nos torna nem mais pequenos ou cobardes, apenas consciencializa-nos do peso da responsabilidade perante a nossa pessoa e terceiros. Porque no fim, a vida acaba mesmo sendo só uma e quem não sofreu é porque também não viveu...
Love
Marta