Aos 18 entro na Universidade, aos 23 começo a trabalhar, aos 29 caso, aos 30 tenho a minha filha Benedita e aos 30 também separo-me, despeço-me da Sonae e se ainda fosse preciso (que acabou não sendo) saía de casa!
Olho para trás e questiono-me sobre a origem desta força, será por se tratar do final do ano, altura de reflexão, "arrumar a casa", olhar verdadeiramente para as nossas vontades, gestos e atitudes, porque na realidade nunca temos verdadeiramente tempo para nada, tempo de aprofundar, sobretudo aquilo que dói ou o que custa encarar ou até mesmo algo que nem sabemos que está lá!
Já não escrevia há um mês e meio e não foi por displicência, o meu estado de espírito não se coadunava em nada que pudesse partilhar; sem perceber atingi o limite, whatever that means.
Sometimes you need to go the bottom to achieve your goals
Por vezes questiono-me até que ponto a cobardia não "arranha" ou melhor, não pode ser mal interpretada por andar par e passo com a persistência?
Lutar por aquilo que queremos é um dever, se não fizermos, ninguém o fará por nós e ninguém sabe realmente aquilo que verdadeiramente queremos ou sentimos, acho mesmo que na maioria das vezes, até nós, temos algum receio em aprofundar esses sentimentos e confrontarmo-nos com uma realidade para a qual não estamos preparados.
"Só querer" não é assim tão linear quanto parece...
Confesso, sou daquelas pessoas que não preciso de inimigos porque eu própria, às vezes não sei como me aguento com tanto "peso" que ponho em cima de mim!
Nunca nada está bem, tudo o que faço poderia ser sempre um pouco melhor, o "vizinho do lado" mesmo não tendo visto o seu trabalho, parto logo do princípio que é melhor que o meu!
Isto era a Marta há poucos anos atrás, bem poucos para ser sincera, por outras palavras, estou melhor, mais confiante, no entanto, ciente que ainda carrego algumas "gramas" desta insegurança.
Graças a Deus a vida tem-me colocado à prova, provas que na sua maioria questiono-me o porquê das mesmas ou então aquele raciocínio cliché, "porquê eu!?".
Nada é por acaso e provas como essas têm alimentado a minha confiança e o facto de ser uma pessoa competitiva, não preciso sequer de um parceiro porque compito comigo própria.
Há sempre um lado bom das coisas, até das mais negativas
Por regra, sou uma pessoa positiva, acredito que assim como tudo acontece por uma razão, em tudo também podemos retirar boas lições de vida.
Claro está que mentiria se dissesse que pensei assim no minuto que os pisteiros levaram-me de maca (logo eu, que em fechava as pistas com eles!) após "A" queda da minha vida, na neve no final do mês de Março passado!
Por sorte, lá está, saber ver as coisas boas, aconteceu tudo no último dia e melhor ainda, não tínhamos ainda feito as malas, oh que chatice... Arrancámos do posto médico, eu de gesso (os eternos grandes médicos especialistas do ski) malas no carro e let's go home!
Era apenas uma brincadeira quando tornou-se séria e apaixonante...
Formada em Comunicação, habituada a trabalhar na área de Eventos e PR, mas a sua verdadeira paixão nasceu apenas há três anos atrás.
Os Colares de Madeira com imagens foram o primeiro contacto da Catarina Avelar no mundo da Bijutaria.
Brincava com os tamanhos, as cores sempre a predominar o seu mundo e tranquilamente foi elaborando, criando e imaginando. Inspirada em tudo o que via em seu redor, atenta às pessoas, às viagens que realiza, tudo isso alimenta o seu espírito criativo de querer fazer mais, melhor e sobretudo desenvolver a marca dentro do registo sempre sonhado - Hippie Chic.
Todos nós deveríamos ter o prazer de saborear, pelo menos uma vez na vida, aquela vista com que sempre sonhamos no momento em que acordamos para a vida.
Sentirmos-nos envolvidos por macios lençóis que nos elevam aos sonhos dos picos da montanha, perdidos no meio de doces e atrevidas almofadas, o sonho encontra-se no auge quando o despertador obriga-nos a aterrar e em simultâneo, presenteia-nos com uma vista melhor que qualquer sonho alguma vez imaginado!
Sair da cama, correr para a varanda, sentir o frio da montanha, o som do riacho correr por baixo da ponte e tudo isto existe, esta cá, é Vida!
Estamos a meio do mês, ao indício estava sem ideias, a meio, o trabalho ocupou todos os minutos e segundos das 24h que se seguiam e agora sentia tantas saudades que nem sei por onde começar, pior, o sapo pediu-me a password!
É bom sentirmos-nos útil mesmo quando não estamos ao nível daquilo que era suposto e infiltramos-nos na busca de querer fazer o melhor na expectativa de agradar o próximo e quem sabe, se calhar já um pouco pretensioso, ser até reconhecida pelo seu feito.